Resenha: Alice

Título: Alice (Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá)

Autor: Lewis Carroll 

Sinopse: O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.

O livro faz brincadeiras e enigmas lógicos, o que contribuiu para sua popularidade. Carroll também faz alusões a poemas da era vitoriana e a alguns de seus conhecidos, o que torna a obra mais difícil de ser compreendida por leitores contemporâneos. É uma das obras escritas da literatura inglesa que tiveram mais adaptações na história do cinema, TV e teatro.
Na continuação de Alice no País das Maravilhas , Alice no País do Espelho tem de ultrapassar vários obstáculos - estruturados como etapas de um jogo de xadrez - para se tornar rainha. À medida que ela avança no tabuleiro, surgem outros tantos personagens instigantes e enigmáticos. 

Ilustrações: John Tenniel (1820-1914).

Editora: Zahar

Páginas: 315

Avalição:      

Sobre a edição da Zahar: Esta charmosa edição de bolsa contém dois clássicos, inédita no mercado brasileiro, traz os textos na integra e mais de 40 ilustrações originais de John Tenniel.

Esse foi um dos livros que eu comprei na Bienal, fiquei encantada inicialmente com a capa e como já curtia Alice através das adaptações feitas, sempre me identificando com o mundo além da vida real da jovem resolvi comprar. Para a minha surpresa o livro era muito mais do que eu esperava da obra, mas não me agradou totalmente. Eu achei o texto confuso, me perdi algumas vezes durante a leitura por causa disso e achei algumas ilustrações um tanto brutas. 

Em Alice no País das Maravilhas ela segue o coelho que chamou-lhe atenção por estar atrasado e caindo em sua toca ela descobre um novo mundo. Alice se encontra no país das maravilhas e seus pensamentos entram em confronto com os pensamentos das "pessoas" que ali habitavam. A menina encontra animais falantes, que sempre estão tentando ensinar a ela alguma coisa nova através de histórias contadas por poemas musicados. Apesar da escolha desta obra não ter me agradado em cheio, eu gostei das poesias, ainda que não compreendi todas as histórias contadas por estas, elas mantiveram um ritmo e rima durante toda a adaptação da obra ao português. 

Uma parte que quero ressaltar, no país das Maravilhas, é o Chá Maluco, adoro o Chapeleiro Maluco e a Lebre de Março, impossível resistir a loucura desses dois. Eles conseguem fazer proezas inacreditáveis. 

"Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?" - Pergunta o Chapeleiro a Alice (p.81)

O trecho acima é um dos enigmas que constroem a obra. A história criada por Lewis Carroll é composta de códigos e charadas para serem desvendadas pela protagonista e pelo público leitor. Confesso que não consegui compreender todos os enigmas que compunham a trajetória dela.

Através do Espelho Alice se encontra em um tabuleiro de xadrez nada convencional e a segunda aventura narrada no livro começa contando os 11 lances que ela fará para se tornar rainha. Alguns desses lances eu consegui identificar dentro da história, outros não, em parte acho que a culpa é minha devido a pouca identificação com a narrativa.

Nessa aventura ela vai encontrando os personagens que compõe o jogo de xadrez e com a ajuda deles ela vai enfrentando as aventuras e aprendendo a lógica às avessas que existem no universo através do espelho. Um exemplo disso é o bolo de passas, que tem de ser servido antes de ser partido e após o ato de servi-lo ele se divide como mágica, para a menina, e como um fato cotidiano para os habitantes do espelho.

Não é uma leitura que eu recomendo, na minha experiência atual com o livro eu não me identifiquei com várias partes da narrativa e por conta disso levei um tempo muito maior do que o meu habitual para ler, houve momentos em que pensei em desistir da leitura e outros, em que eu li um livro inteiro antes de voltar a pegar esse livro novamente para ler.